quarta-feira, 25 de abril de 2012

Discurso da Sessão Comemorativa do 38º aniversário do 25 de Abril de 1974

Exmº Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia da Vila da Madalena
Exmºs Senhores Membros da Assembleia de Freguesia da Vila da Madalena
Exmº Executivo da Junta da Madalena
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Madalenenses

A todos, votos de um excelente dia.
O 25 de Abril faz parte daquela categoria de acontecimentos que faz retornar a política à sua dimensão essencial: a de um gesto inaugural que, contra todos os cálculos imediatos, reivindica a urgência de uma atitude de cidadania.
O que significa reunirmo-nos aqui decorridos trinta e sete anos depois do 25 de Abril de 1974, para levar a efeito uma comemoração que é ela própria empreendida pelos poderes constituídos?
            Desde logo, há um significado que remonta à memória como espaço de resistência e seiva da cidadania. Sou dos que ainda não eram nascidos quando a intervenção dos capitães pôs termo ao regime fascista e ditatorial em Portugal.
Pelo contacto com outras pessoas menos jovens, estas referem-me dos silêncios que envolviam a palavra “liberdade”. Como me referem do excessivo número de famílias marcadas pela Guerra Colonial das saudades envoltas em medo, que acompanhavam a partida de entes queridos e de grandes amizades.
           A herança do 25 de Abril continua a ser central para o modo de estar e de pensar a política. Para os céticos que, à semelhança de um escritor que admiro mas do qual discordo – José Saramago – opinam que, sem o 25 de Abril, estaríamos no mesmo ponto em que nos encontramos – ou seja num regime liberal-democrático, com uma economia de mercado – respondo dizendo que a memória do 25 de Abril é um suplemento de ideal que impede que a democracia se reduza a uma pura rotação de elites. No 25 de Abril, há uma mensagem viva de participação e de exercício da cidadania que dá à prática política um especial suplemento de exigência.
Estas comemorações têm particular significado quando empreendidas nesta Vila da Madalena. Como não podemos ser insensíveis à história impõe-se-nos, a nós, Grupo Parlamentar do PS, bem como a todos os democratas, recordar, como imperativo de justiça, centenas de mulheres e homens que neste espaço manifestaram através da coragem cívica e da dignidade a sua resistência às condições sociais e politicas impostas pela Ditadura, (recordo que nas eleições à Presidência da República em 1958, o General Humberto Delgado, venceu o candidato da ditadura, aqui na nossa Vila).
           A Vila da Madalena tem uma memória e um passado de lutas, manifestações e de prisões que fazem parte da sua história coletiva da resistência cívica à Ditadura em Portugal. Com a humildade de quem, como eu, usufrui, na sua vida de condições de liberdade politica, curvo-me perante o testemunho dos que, estando ou não presentes, por essa liberdade lutaram nomeadamente neste espaço particular do nosso concelho, nesta mui nobre e digna Vila da Madalena.
Estas comemorações do 25 de Abril ocorrem num período que é para muitos de incerteza, receio e até de alguma amargura: a crise financeira despertada por um endeusamento dos princípios do mercado conduziu-nos a um contexto europeu e mundial caracterizada por um aumento brutal do desemprego, (atingido pela primeira vez, os 15% a nível Nacional, destes 43% estão localizados na Região Norte e que de acordo com os dados mais recentes de Fevereiro do corrente ano, atinge 31.657 gaienses dos quais 532 moram aqui na Vila da Madalena), pela desaceleração da economia e pela recessão. Há muito que avisados observadores da realidade politica e económica – desde a Igreja Católica até, entre nós, a figuras como Mário Soares – alertavam para os riscos de pensamento único que, desde os anos 80, hegemonizou e influenciou decisivamente as opções politicas e económicas empreendidas em todo o mundo.
           Aos que defenderam a privatização da segurança social, da ambiental, aos que vêm no Estado e na regulação estatal a fonte de todos os erros e vícios, o PS continuará a responder com a necessidade de medidas e de políticas sociais, em suma, continuará a responder com a defesa do Estado Social Europeu, do Estado Providência como conquista civilizacional que faz parte do nosso Património e da nossa orientação politica e doutrinária fundamental. Custou muito conseguir edificá-lo – a esse Estado Social - partindo de um atraso que as condições de isolamento político e económico tinham votado este país. Num momento de crise que ameaça a coesão social, o Partido Socialista reafirma o compromisso com o Estado Social como um elemento fundamental que o 25 de Abril tornou possível, que é trave Constitucional do regime e elemento essencial da nossa prática e do nosso ideário. O 25 de Abril é ainda causa e razão de ser do estarmos aqui. O Poder Local democrático é aquele que está mais perto dos cidadãos. Especialmente é em nome dele que aqui nos sentamos e perante vós, eleitores e cidadãos, respondemos. Permitam-me pois que dedique alguns minutos a um tema em que estamos todos particularmente interessados. O pensador e politólogo italiano Norberto Bobbio escreveu um dia que: “a essência da política moderna é a possibilidade de os sujeitos se apropriarem ou reapropriarem dos espaços de liberdade em relação aos poderes constituídos”.
Ou seja, a democracia é o único regime em que os poderes estabelecidos estão sujeitos a um compromisso que é condição essencial da sua legitimidade: o estarem sujeitos à crítica. Expõem-se eles mesmos à sua precaridade. A realidade da democracia pode resumir-se a isto: todos podemos ser responsabilizados, todos podemos ser substituídos. As últimas duas décadas de exercício do poder politica na Vila da Madalena, corresponderam a uma efetiva melhoria da qualidade de vida da nossa população.
Minhas Senhoras e meus Senhores:
Por motivos vários estamos no final de um ciclo político, no Município de Gaia. Em sequência da Lei Limitação de Mandatos, o atual Presidente de Câmara, não se vai poder candidatar ao nosso Município, mas, além de deixar uma marca em Gaia e de colocar Gaia no contexto Metropolitano e nacional, deixa aos gaienses uma enorme dívida que de acordo com o anuário financeiro dos Municípios Portugueses relativo a 2010, dados mais recentes e apresentado no passado dia 26 de Fevereiro, pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas indica, entre outros, os seguintes valores:
            O grau de execução da receita cobrada, tem vindo a diminuir de 56% em 2007 para 40,3% em 2010, ou seja, o executivo fez uma previsão de receita “empolada” não correspondendo à realidade das receitas efetivamente cobradas apesar das elevadas taxas e impostos municipais que os Gaienses pagam, só que esses valores cobrados, são o suporte financeiro das muitas empresas municipais bem como do exagerado número de assessores que existem no município Em relação às transferências financeiras do município para as 24 freguesias, é pena que o executivo municipal (que gosta de ser um exemplo para o País), não siga o modelo do município de Braga que transfere 14,16% do seu orçamento para quem está mais próximo das populações – as freguesias. Gaia é o único município de grandes dimensões que apresenta um grau de liquidação da receita inferior a 50% (mais concretamente 40,4%) do total de receitas previstas. No ano em análise, comprova-se que a receita prevista arrecadar no município era de 297,1 Milhões de euros, quando efetivamente o município apenas liquidou receita no montante de 120,3 Milhões de euros tendo ficado despesas por pagar no montante de 86,9 Milhões de euros. Em 2010, Gaia foi o segundo município com maior passivo, no valor de 263.038.636 euros, o que faz com que cada habitante deste município deva o valor de 870,98€. Neste ano, os resultados económicos do município de Gaia foram deficitários em cerca de 10 Milhões de euros. Refira-se aliás que dos 308 municípios portugueses faltou liquidez a 74% (228 municípios), e Gaia foi o quinto município, com menor liquidez para pagar as suas dívidas, no montante de 38.829.746 euros. Apesar de Gaia ter diminuído o endividamento liquido, o valor de endividamento foi de 174.701.399 euros, tendo sido o segundo mais elevado do País. O nosso município é um dos municípios com maior peso da dívida de médio longo prazo, nas receitas recebidas no ano de 2009, foi de 193,8%. No total das empresas municipais com maiores dívidas, no ano de 2010, aparece-nos a Águas de Gaia, com 85.373.968 euros e a Gaianima com 23.179.077 euros. Verificamos ainda que em termos de resultados económicos, a Gaianima, teve um resultado negativo de 778.189€ e a Gaiaurb também apresentou um resultado liquido negativo de 361.832€. No quadro das entidades/empresas municipais, com maior valor de endividamento líquido surge-nos a Águas de Gaia, com o valor de 137.225.272 euros e a Gaianima com 10.969.901 euros. Se, o município de Gaia apresentasse contas agregadas, isto é se, somarmos apenas o endividamento líquido do município, das Águas de Gaia, da Gaianima e da Gaiurb, constatamos que o total de endividamento líquido ascende aos 322.896.572€, o mesmo é dizer, que cada habitante de Gaia devia em 2010, 1.069,19€

Para aqueles que referem que Gaia é obra, constata-se por um lado que os gaienses pagam um preço extremamente caro para viverem no município que apresenta a mais elevada taxa de desemprego da Região Norte, e por outro que a herança (fatura) deixada para as gerações futuras é muitíssimo pesada…
           Atendendo a que vivenciei enquanto autarca, uma experiência discriminatória e única no Poder Local Democrático em Portugal, que reporta ao facto do Município de Gaia, apesar da existência de Protocolos assinados entre este e a nossa Vila da Madalena, não os ter cumprido de 2007 a 2009 tendo lesado a Madalena, em mais de 700 mil euros. Recordo também, que em 2011, o Município não transferiu para a nossa Vila, mais de 43 mil euros, referentes a protocolos de delegação de competências. Como qualquer um de nós percebe, estas situações de ostracização, pelos vistos não assentam na cor política do executivo local, o que torna estas situações ainda mais preocupantes e impróprias de um regime democrático.
De salientar ainda, a medida de reorganização administrativa do território nacional, aprovada pelos partidos de direita e que suportam o Governo, PSD/PP. Quanto a esta matéria, os eleitos do PS nesta Assembleia, foram sempre contrários à extinção dos órgãos democraticamente eleitos da nossa Vila. Apesar de não nos convidarem para participarmos em manifestações públicas em defesa da nossa Vila, temos acompanhado, com preocupação, desde Setembro de 2011 altura da publicação do “Documento Verde”, e estamos em permanente contacto com a ANAFRE sobre o que se prepara para o futuro da nossa Vila. Somos daqueles que acham que temos fortes argumentos histórico-culturais para nos mantermos sós, assim saiba aproveitar quem nos representa. Percebemos a intervenção do Sr. Presidente da Junta, na última Assembleia Municipal, contrário à realização de um referendo, ouvindo as populações, apenas pelo simples facto que é inconstitucional a realização de 4.259 referendos locais
           Decorridos 38 anos sobre o 25 de Abril de 1974, assistimos hoje à separação entre bons e maus alunos nas nossas escolas públicas; à prestação de cuidados de saúde, (cada vez mais caros) e com diferenciação entre o Povo e aqueles que têm uma melhor situação financeira; assistimos à perda sucessiva de direitos dos trabalhadores, veja-se o valor de cálculo das indemnizações, por mútuo acordo dos 30 dias por ano de trabalho, para os 20 e querem para os 10 dias por cada dezassete meses de trabalho; os jovens, filhos de Pais com poucos recursos, voltam ao tempo de não terem condições que os permita evoluir na sua formação académica, enquanto outros pagam os seus cursos; Portugal, voltou a ser um País de emigrantes, não de “mala de cartão”, mas de jovens licenciados; assistimos ao fim precipitado do estado social, que como já referi, muito custou a erguer.
Para finalizar, diria que a crise é, por vezes, um tempo de oportunidade mas apenas para os mais ousados e mais competentes. A responsabilidade a qual todos somos chamados neste momento de mudança de ciclo é muito grande. Estejamos à altura delas.
Viva a Vila da Madalena
Viva Portugal
Viva o 25 de Abril.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Assinala-se hoje o 38º aniversário do 25 de Abril


No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instala secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa. Às 22h 55m é transmitida a canção “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por João Paulo Diniz. Este é um dos sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeia a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado. O segundo sinal é dado às 0h20 m, quando a canção Grândola, Vila Morena de José Afonso é transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirma o golpe e marca o início das operações.

O golpe militar do dia 25 de Abril tem a colaboração de vários regimentos militares que desenvolvem uma ação concertada. No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos de Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP, no Monte da Virgem, em Gaia e o RCP no Porto.
À Escola Prática de Cavalaria, que parte de Santarém cabe o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria são comandadas pelo Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço é ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia move, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontra o chefe do governo, Marcelo Caetano, que ao final do dia se rende, exigindo, contudo, que o poder seja entregue ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcelo Caetano parte, depois, para a Ilha da Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
Quando a 25 de Abril de 1974 um grupo de jovens capitães levaram a cabo um golpe de Estado que, em menos de 24 horas, levou ao derrube de uma ditadura que dominava o País durante longos 48 anos, o rumo da história nacional muda decisivamente. As suas vidas, assim como as de milhões de portugueses, estavam prestes a alterar-se de forma radical. Em breve, o golpe de Estado deu lugar a uma Revolução que durante, cerca de dois anos agitou o país, abrindo um vasto leque de possibilidades quanto ao caminho a seguir.
Os Capitães de Abril apresentaram um programa democratizador, onde se previu a constituição de um governo, a realização de eleições livres e se iniciou o processo de descolonização das colónias portuguesas espalhadas pelo Mundo.
Hoje decorridos 38 anos sobre os acontecimentos e apesar de não existir uma opinião unanime sobre a “Revolução dos Cravos”, é comummente aceite que o 25 de Abril representou um enorme salto qualitativo no desenvolvimento político-social de Portugal, sendo de relevar, desde logo, o direito de cada um poder dizer livremente o que pensa sobre determinada temática, bem como a importância extrema dada ao Poder Local.
É hoje uma evidência que o Poder Local, juntas de freguesias e câmaras municipais, contribuíram decisivamente para uma rápida evolução e melhoria da qualidade de vida das populações. Contudo, é de lamentar que decorridos quase quatro dezenas de anos, sobre o derrube da ditadura e do fim da polícia política, ainda subsistam alguns eleitos locais em algumas autarquias, mesmo no nosso município, com reminiscências próprias do “antigo regime” e com tiques “fascizantes”, que violando as mais básicas e elementares regras democráticas, abusem da sua qualidade de representantes das populações e por isso não cumpram com a legislação em vigor, nomeadamente no que ao Estatuto do Direito de Oposição diz respeito; não facultem, como são legalmente obrigados, cópias das atas das reuniões ordinárias e extraordinárias dos respetivos órgãos executivos e deliberativos a todos os eleitos locais; não oiçam de acordo com a Lei, as oposições no que à elaboração das Opções de Plano, são obrigados; não cumpram com a informação escrita do Presidente sobre a atividade desenvolvida pelo órgão executivo local aos eleitos do órgão deliberativo, enfim, parece que alguns eleitos locais e já quando decorreram quase 40 anos sobre o 25 de Abril, vivem segundo outra legislação que não a aprovada na Assembleia da República para vigorar em todo o território Português.
Se, acrescentarmos a tudo isto a recente aprovação, da Proposta de Lei nº44/XII – Reorganização Administrativa Territorial Autárquica, pelos deputados do PSD e do PP, que está para promulgação pelo Sr. Presidente da República, constatamos que (a ser promulgada), esta Lei pode vir a contribuir para uma perda da identidade local não em termos imediatos, mas pelas gerações futuras. Haverão atuais freguesias que mais não serão que meros lugares das “novas” freguesias, havendo assim, uma efetiva perda de identidade e da intensa relação de confiança e de proximidade entre eleitores e eleitos.
Não foi a pensar em afastar os cidadãos de quem os representa, que o Poder Local é uma das fundamentais conquistas de Abril.
Viva o 25 de Abril.

domingo, 15 de abril de 2012

Poupe nos custos com a sua viatura

Atendendo ao constante e exagerado aumento do custo dos combustíveis, deixo ficar alguns conselhos para que tenha uma eco-condução ajudando-o assim a poupar na sua carteira.
Assim e de acordo com o IMTT, se adotar hábitos de condução mais eficientes, ecológicos e seguros, consegue tirar maior partido das capacidades do seu veículo, otimizar consumos, reduzir a poluição e o ruído, contribuir para a diminuição do número de acidentes rodoviários e poupar no seu orçamento familiar ao fim de cada mês.
A eco-condução, é uma forma mais eficiente de conduzir que permite ao condutor, reduzir: O consumo de combustível da sua viatura ; a emissão de gases poluentes (principalmente óxidos de azoto e de enxofre) e de partículas resultantes da insuficiente combustão de hidrocarbonetos; a emissão de gases com efeito estufa (GEE), sobretudo dióxido de carbono (CO2), que contribuem para o aquecimento global e a sinistralidade, tendo em conta que se diminuem as acelerações bruscas e as travagens, tornando a viagem mais confortável.

Assim, as “regras de ouro” para uma eco-condução, são as seguintes:
- Ligue o motor do carro apenas imediatamente antes do início da viagem e desligue o carro sempre que fique imobilizado, por períodos superiores a 1 minuto;

- Conduza a uma velocidade o mais constante possível e com suavidade, evitando acelerações/desacelerações e travagens bruscas. Pode poupar até 15% de combustível se conduzir a 80 Kms/h, em vez dos 100 Kms/h;
- Use a relação de caixa de velocidade mais alta possível. Uma mudança alta significa uma rotação mais baixa, o que faz com que o consumo seja menor, poupando até 10%;

- Cumpra os limites de velocidade, obtendo uma economia de combustível e contribuindo para a segurança rodoviária. Não se esqueça que um aumento de 10% na velocidade, implica uma aumento de 15% no consumo de combustível;
- Nas descidas de acentuada inclinação, mantenha o veiculo engrenado numa mudança compatível (trave com o motor), obtendo uma maior segurança e um consumo nulo;

- Adapte a velocidade da sua viatura ao tráfego e evite mudar de via de trânsito;
- Não faça travagens bruscas com o carro desengatado;

- Escolha o melhor percurso nas deslocações e tente antecipar o fluxo de trânsito. Uma viagem bem planeada tem um potencial de poupança de 5%;
- Evite conduzir de janelas abertas: aumenta a resistência, logo, o consumo da viatura;

- Evite transportar bagagens no tejadilho, qualquer alteração nas características aerodinâmicas da sua viatura, implica um aumento no consumo de 5%;
- Retire toda a carga do porta-bagagens e assentos traseiros, poupe 3% no consumo;

- Evite usar o automóvel em deslocações curtas, poupa combustível e melhora o seu bem estar físico;
- Utilize o ar condicionado, apenas quando necessário, evitando um aumento no consumo de 10%;

- Verifique, todos os meses, a pressão dos pneus. A sua viatura com pressão correta permite-lhe uma poupança de 3% no consumo;
- Mantenha a sua viatura afinada, permitindo-lhe uma poupança de 3%;

- Considere a partilha da sua viatura em deslocações para o trabalho ou lazer com outras pessoas.

Se adotar hábitos de condução mais eficientes, ecológicos e seguros, tira maior partido das capacidades da sua viatura, otimiza os consumos, contribui para a redução da poluição e do ruído, está a contribuir para a diminuição do número de acidentes rodoviários, além de poupar nas suas despesas mensais com a sua viatura.


sábado, 7 de abril de 2012

“Sunday, bloody Sunday”

O ano de 1972 ficou assinalado na Irlanda do Norte pela enorme quantidade de sangue derramado, na defesa dos direitos cívicos para os cidadãos católicos.
Nesse ano, 470 pessoas foram mortas, das quais 14 perderam a vida a 30 de Janeiro de 1972, numa manifestação não autorizada, na segunda maior cidade da Irlanda do Norte, Londonberry, da província de Ulster. Esse dia ficou assinalado como o “domingo sangrento”. Nesta época, o Reino Unido era governado pelo Primeiro-ministro conservador, Edward Heath.
Só em 1998, com a chegada do Trabalhista Tony Blair ao cargo de Primeiro-ministro, foi possível a abertura de novo inquérito sobre o que se tinha passado naquele domingo sangrento, em que tinham perdido a vida 14 pessoas. Tony Blair comprometera-se com o processo de paz na Irlanda do Norte, devido à forte pressão popular.
Entre Abril de 1998 e Novembro de 2004 a Comissão de Inquérito, ouviu 900 testemunhas e recebeu 2.500 depoimentos escritos, sobre o domingo sangrento. Concluindo que, nesse domingo de Janeiro de 1972, morreram inocentes, na Irlanda do Norte.
Assinala-se no próximo dia 10 de Abril, na Irlanda do Norte, o 14º aniversário sobre a data do Acordo de Paz de Sexta-Feira Santa, tendo este sido aprovado em referendo popular entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, com o objetivo de acabar com os conflitos entre as duas partes. Divergências essas, que começaram porque a Irlanda do Norte, cuja maioria da população é constituída por protestantes unionistas, queria a região ligada ao Reino Unido enquanto que a República da Irlanda, cuja população é constituída maioritariamente por católicos nacionalistas, desejavam a reunificação e um país independente.
De referir ainda, que esta clivagem entre protestantes unionistas e católicos nacionalistas, se arrasta desde 1969, tendo provocado mais de 3.600 mortes, muitas das quais provocadas pelo Exército Republicano Irlandês – IRA.
Como forma de assinalar esta “data sangrenta”, e para que tal não se volte a repetir, a banda musical irlandesa U2, em 11 de Março de 1983, lançou o álbum “War”, no qual a primeira faixa intitulada “Sunday Bloody Sunday”, cuja letra descreve os horrores do incidente do domingo sangrento em Londonberry, onde as tropas britânicas atiraram e mataram manifestantes inocentes de direitos civis.