Quando o atual governo
iniciou o seu mandato, em Setembro 2011, a taxa de desemprego cifrava-se em
12,6%, sendo o número de desempregados de 675 mil.
Hoje decorrido apenas
um ano do atual mandato, ficamos a saber no passado dia 14 de Agosto, que a
percentagem de desemprego é a mais elevada de sempre, desde o 25 de Abril de
1974, tendo atingido em Junho do corrente ano, o valor de 15,4%, o mesmo é
dizer que o número de desempregados ascendeu aos 827 mil. Ou seja, o número de
desempregados, num ano, sofreu um aumento de 22,5% dos inscritos nos centros de
emprego.
Se, a isto somarmos a
diminuição brusca do consumo interno, percebemos que as dificuldades dos
Portugueses se vão manter por mais tempo, do que o inicialmente previsto e
assumido pelo governo, “fruto” de uma teimosia de “nem mais tempo, nem mais
dinheiro”, fazendo-nos lembrar o tempo do “orgulhosamente sós…”.
Mas, se isto é verdade
em relação ao todo nacional, o que se passa no nosso município? Gaia é o terceiro município
mais populoso do País, conta com cerca de 320 mil habitantes, de acordo com os
números recentemente publicados, o número de desempregados em Gaia, ultrapassou
os 35.000, ou seja, cerca de 11% da totalidade dos habitantes do município de Gaia,
estão desempregados.
Assim e para fazer face
à difícil crise económico-financeira que está a originar uma fortíssima crise
social na sociedade portuguesa, como a que estamos a atravessar, é necessário
que a sociedade civil se mobilize na procura de soluções para este tão grave
problema tendo vindo a assistir à emergência de um “novo” conceito:
empreendedorismo social.
Isto é, um grupo de
cidadãos empreendedores que efetuam mudanças fundamentais no setor social, com
visão, que tratam a causa dos problemas e procuram uma visão sistémica dirigida
para a sustentabilidade da sociedade.
Os empreendedores
sociais desempenham o papel de agentes de mudança no setor social ao adotar uma
missão para criar e manter valor social, reconhecer e procurar obstinadamente
novas oportunidades para servir essa missão; empenhar-se num processo contínuo
de inovação, adaptação e aprendizagem; agir com ousadia sem estar limitado
pelos recursos disponíveis no momento e prestar contas à comunidade que servem.
Estes empreendedores
sociais, não produzem bens e serviços para vender, dão respostas a problemas
sociais, são orientados a setores da população em situações de riscos sociais.
Os empreendedores
sociais enquadram-se no âmbito das problemáticas do terceiro setor,
respetivamente:
a)
Na luta contra a pobreza e exclusão
social;
b)
No emprego e na inserção
socioprofissional e
c)
No desenvolvimento local e sustentável.
Os empreendedores
sociais são pessoas que imaginam, desenvolvem e realizam visões, ou seja, são
pessoas que transformam sonhos em realidade a favor da melhoria da qualidade de
vida dos cidadãos. Para os empreendedores sociais, inovação e criatividade são
valores orientados para a construção de uma sociedade mais digna, mais justa e
com mais igualdade.
Numa época de crise económica,
financeira e social, como a que estamos a atravessar, os empreendedores
sociais, são agentes fundamentais na procura de soluções e na criação de
empregos sociais que visem a inserção socioprofissional, contribuindo assim
para diminuir e combater o desemprego.
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