Permita-me que partilhe Consigo, algumas reflexões sobre como vencer a crise, que atinge de uma forma transversal a América, a Europa e os países emergentes, como a China ou o Brasil.
Portugal é um Estado, cujas actuais fronteiras, contam já com 690 anos; tem uma forte identidade nacional e tem honra na sua história colectiva, com IX séculos de existência.
O nosso país, vê-se, hoje, confrontado com um problema, que não foi criado pelo actual Governo da República, (cujos principais responsáveis foram os financeiros americanos), mas que devido à globalização, rapidamente se espalhou a toda a Europa e ao resto do Mundo.
Esta crise, ao contrário da crise de 1929, não é só financeira, e económica, é também energética, ambiental e sobretudo, de valores morais.
A resposta a esta crise, implica uma ruptura com atitudes e modelos já experimentados, no passado, impõe voltar à defesa intransigente dos valores éticos, que devem impulsionar a política, bem como a um Estado forte, intervindo na economia e regulando os mercados.
As respostas a esta crise, devem passar pelo respeito pelas pessoas, pelo trabalho, pela defesa do meio ambiente e pela concertação social.
Mas, o que se passa no “velho continente”?
Na Europa, as respostas tardam em chegar.
Vemos que a Europa a 27 “se desfez”, (ou vai a caminho disso), cada país responde à sua maneira, sem uma acção concertada, não há um projecto europeu concertado.
Na Europa, ninguém sabe para onde caminha a União Europeia. Parece, que se está a “formar” um directório dos países europeus mais fortes, (Alemanha; França e Reino Unido), só estes tomam as decisões, ou restantes 24, “vão por arrasto”…
Com esta crise de características únicas, ou “aprendemos a lição” e avançamos para o projecto europeu, no plano político e social, com uma visão concertada, ou a Europa, entrará em decadência.
Por isso, acho, que só temos um caminho, (em nome das gerações futuras), avançar com o projecto europeu, apelar à mobilização política dos europeístas, não dos neoliberais, uma vez, que tal como escreveu Lampedusa, estes o que pretendem é “que mude o menos possível para que tudo fique na mesma”…
Pelo seu lado, os Estados Unidos da América, já estão a dar respostas no sentido de minimizar e de inverter os danos causados pela crise financeira, iniciada, precisamente nos Estados Unidos da América. Como?
Através de uma maior intervenção do Estado; de mais regulação dos mercados e fundamentalmente, de uma maior protecção das pessoas, (seja a nível da protecção dos depositantes; seja com a criação do “sistema nacional de saúde”), aliando, um incremento dos poderes de regulação, conferidos à Reserva Federal. (evitando, desta forma, especulações desenfreadas e as fraudes financeiras).
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