Atendendo, a que estamos a poucos dias de fazer as nossas “compras de Natal”, sejamos solidários.
Ou seja, quando falamos de solidariedade temos como pano de fundo as palavras latinas solidum (totalidade, soma total, segurança) e solidus (sólido, maciço, inteiro).
A definição sociológica de solidariedade de acordo com o “Dicionário Michaelis”, é a seguinte:
“Condição grupal resultante da comunhão de atitudes e sentimentos, de modo a constituir o grupo unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de se tornar, ainda mais, firme em face da oposição vinda de fora”.
No ano de 1978, um polaco, Karol Wojtyla, foi eleito papa na Igreja Católica, assumindo o nome de João Paulo II.
Uma de suas primeiras encíclicas foi justamente “Sollicitudo Rei Socialis”. Nesta, a doutrina social da Igreja Católica é nitidamente construída a partir do conceito de solidariedade que é definido como
“a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos”.
Seguindo esta linha de pensamento, poderia definir solidariedade como determinação pessoal de responsabilidade mútua.
A solidariedade é o parâmetro mais profundo que define a individualidade humana como o resultado criativo da relação com outras individualidades. A realização desta identidade é estimulada pela prática da solidariedade. Ou seja, o ser humano solidário tende a realizar-se como pessoa.
A solidariedade é a componente que representa a nobreza de carácter humano. Ela é o bem necessário, o elo humano entre mim, você e o outro, no qual predomina o verbo DAR, aliado a substâncias simples como o amor, o respeito e a atenção, sem compromisso ou vínculo algum com este materialismo exacerbado. Que parece consumir, cada vez mais, a Humanidade.
É através deste acto solidário, que nos desenvolvemos como seres humanos, pois estes actos fazem-nos crescer, abrir e ampliar horizontes, despertar o altruísmo escondido em cada um de nós, propiciando assim, valores mútuos que dependem exclusivamente da acção humana de cada dia.
Afinal, para que estamos neste Mundo, senão com a intenção de vivermos irmãmente uns com os outros?
Devemos ajudar o próximo, ser capaz de dar o que há de mais simples e belo no nosso interior, extrair sentimentos que até então julgamos inexistentes, abdicar de alguns prazeres pessoais, a fim de proporcionarmos momentos que podem ser bastantes significativos e únicos, para o outro, desta forma, são fundamentais para justificar a nossa existência real.
Por tudo isto se me permitem, dois conselhos:
Nesta época Natalícia, em que muitas famílias, crianças e idosos, atravessam graves dificuldades, vamos comprar, para oferecer, prendas “simbólicas” e sejamos solidários, com instituições de Solidariedade Social, que fazem um trabalho notável, ao longo de todo o ano, com crianças, jovens e idosos.
Neste Natal, seja SOLIDÁRIO e não se esqueça:
“É belo dar, quando solicitado;
é mais belo, porém, dar por ter sido apenas compreendido”
Kadlil Gilbran
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