Decorridos pouco mais de 18 meses das últimas Eleições Legislativas e de uma larga maioria de portugueses, mais de 2 milhões, terem sufragado livremente o programa e conferindo ao Secretário-geral do Partido Socialista, uma renovada legitimidade para constituir Governo, eis que surge, vindo da América, uma tremenda crise financeira, que alastra rapidamente ao Mundo e dessa forma, também chega até nós e “destrói” todo o trabalho de recuperação financeira que estava a ser desenvolvido pelo primeiro Governo do Eng.º Sócrates.
Desde então, este segundo Governo liderado pelo Eng.º Sócrates, de maioria relativa, tudo tem feito para evitar a todo o custo a vinda pela terceira vez, na nossa história desde o 25 de Abril, do Fundo Monetário Internacional – FMI – e dessa forma minorar as consequências para os portugueses que a vinda dessa instituição acarretaria…
Eis algumas medidas que serão tomadas se o FMI, “assentar” em Portugal: (estas já foram tomadas na Grécia e na Irlanda, a título de mero exemplo….)
- Redução no salário mínimo;
- Despedimentos na Função Pública, reduzindo desta forma a despesa publica;
- Redução no valor das prestações sociais;
- Corte no Subsídio de Férias e de Natal, aos Funcionários Públicos;
- Em vez de Portugal “comprar” nos mercados financeiros dinheiro a 5-7%, (o que já é um exagero….), passaria a “comprar” o mesmo dinheiro, mas a pagar juros de 12% (caso da Grécia e da Irlanda…).
Mas, se é isto que o Oposição pretende, preocupada que está com o “calendário eleitoral”, deixando para segundo plano o interesse e a legitimidade de Governar a um Governo legitimamente eleito, eis as propostas do maior partido da oposição:
- Privatização da saúde, ou seja quem tem seguros e dinheiro pode-se tratar bem; quem não tem, só tem que ser mal tratado e acabar por falecer;
- Privatização do ensino, ou seja propõe-se criar um ensino a duas velocidades, quem tem dinheiro tem acesso a bons colégios, boa formação; quem não tem, aprende a ler e a escrever (e pouco mais);
- Acabar com a Segurança Social; ou seja, são goradas as expectativas criadas aos contribuintes, que toda uma vida laboral descontaram a pensar que mais tarde iriam usufruir de uma reforma, (além da forma de calculo, que já foi alterada, permitindo a sustentabilidade deste sistema), agora esse partido da oposição, prefere defender as Seguradoras e os grandes grupos económicos;
Como se tudo isto não bastasse, propõe-se apresentar em sede de revisão Constitucional, o despedimento sem justa causa…….
Perante tal “caderno de encargos”, o que podem esperar os Portugueses, na próxima 4ª feira, na minha opinião duas coisas podem acontecer:
. Se o líder do PP, quiser, mais uma vez, ser a “muleta” do PSD e “fazer o jeito”, apresenta uma moção de rejeição ao Plano de Estabilidade e Crescimento 4, a Oposição, faz “cair” o Governo, vamos a eleições em Maio/Junho;
. Se o PSD, quiser colocar os interesses do País, acima do seu calendário político interno (os sucessores de Pedro Passos Coelho, ficam com mais tempo para fazer “o assalto ao poder); assume um acordo Parlamentar com o PS.
A bem do País e dos 10 Milhões de Portugueses, esperemos que amanhã haja bom senso político, e se evite a “chegada” do FMI, por isso considerei ser o Dia D – a 4ª feira de tudo ou nada…
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