Em sequência da minha última crónica, e tal como era espectável, o PPD/PSD, em vez de colocar os interesses nacionais acima dos resultados das sondagens, por uma questão de calculismo interno, e após ter concordado com três Planos de Estabilidade e Crescimento – PEC – , resolveu criar uma crise politica, que vai agudizar uma crise financeira e que vai levar, certamente, a uma crise social.
O que verificamos, foi que todos os partidos da Oposição efectuaram uma coligação negativa e não aprovaram o “pacote de medidas financeiras”, necessário à recuperação do nosso País.
Constatamos que em 2008, ano da propagação da crise financeira à escala mundial, ter afectado drasticamente todas as economias da União Europeia (UE), que levaram diversos bancos e seguradoras europeias à falência;
em 2009, ano mais pesado da crise económica e orçamental na UE, ter-se assistido à subida generalizada do desemprego e do número de falências; da derrapagem das contas públicas e do aumento generalizado das dívidas públicas nacionais;
em 2010, ano da implantação da crise das dívidas soberanas na UE, verificou-se o início da escalada dos juros da dívida pública de um conjunto de países da zona euro, tendo levado, em Maio, a Grécia a pedir ajuda externa, incluindo ao Fundo Monetário Internacional – FMI – e em Novembro, a Irlanda, seguiu-lhe “os passos”…
O Governo Português, tudo fez, para defender Portugal, ao conseguir estabilizar as condições de emissão da dívida pública portuguesa, de forma a recuperarmos a confiança das instituições e dos mercados internacionais; ao propor a redução sucessiva do défice orçamental até 2013; a apresentar resultados positivos em 2010: défice inferior à meta de 7,3%; e crescimento económico de 1,4% (dobro da melhor previsão); ao reformar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira – (FEEF), criado a 09 de Maio de 2010.
Ao mesmo tempo que o PS e o Governo, se empenharam em fazer tudo para evitar a “mais que provável” vinda do Fundo Monetário Internacional, para Portugal, com tudo o que isso representa para as famílias e para as empresas nacionais, assim como para a afirmação de Portugal, no Mundo, verificamos que o PSD, sempre esperou por um pretexto para uma qualquer moção de censura; tendo mesmo exigido “cortes” na despesa e cumprimento das metas orçamentais.
Agora que o Governo, apresentou no passado dia 23 de Março, o PEC-4, o PSD não concorda com as novas medidas de redução da despesa, uma vez que vão no sentido daquilo que tinham exigido…..
Se a este aspecto, somarmos que no processo de negociação do Orçamento do Estado para 2011, há 4 meses, o PSD disse que cabia ao Governo apresentar as medidas de redução do défice e só depois é que o PSD estaria disposto a negociar; por que razão vem agora o PSD acusar o Governo de ter apresentado novas medidas sem negociação prévia? …onde anda a coerência do PSD?!
Foi com estranheza e estupefacção, que o País, decorridas algumas horas após a não aprovação do PEC – 4, assistiu ao anúncio do PSD, que se porventura, for Governo, “vai aumentar o IVA em 1 ou 2%”… onde anda a coerência do PSD?!
Porque razão, o PSD, se estivesse realmente interessado em ajudar a resolver os problemas do País, que se acentuam, desde 1985 (altura em que o actual Presidente da República, era Primeiro-ministro…), não apresentou UMA única proposta alternativa?!... onde anda a coerência do PSD?!
Com esta crise política, o PSD, pretende privatizar a saúde, a educação, o “corte” do 13º e do 14º mês para os trabalhadores da função pública; despedimentos “em massa” na Função Pública, além de privatizar as Águas de Portugal, Caixa Geral de Depósitos; TAP, privatizar a RTP-1; concessionar a RTP -2, entre outras “medidas”.
Perante tais “promessas eleitoralistas”, que apenas visam “captar” votos dos mais “desatentos”, pergunto: Afinal, quem Defende Portugal?
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