Estamos em plena Quadra Natalícia, numa época em que os laços de Solidariedade são mais fortes, em que o espírito de entreajuda é mais sentido.
Contudo, este ano contamos com algumas “novidades” no sapatinho...
Desde logo, com o “corte” nos subsídios de Natal a acrescentar a uma série de aumentos entre os quais o aumento da luz, do IVA de determinados bens e de ficarmos a saber que a partir de 1 de Janeiro de 2012, teremos que pagar transportes mais caros, alimentação, quase tudo mais caro apesar do vencimento ser o mesmo, o que equivale a dizer que em termos reais, o dinheiro que “sobra”nos bolsos das famílias portuguesas, seja muito menos.
Se, a tudo isto somarmos o elevado desemprego, (que faz com que em cada 100 Portugueses activos 13 se encontrem desempregados), temos os ingredientes sociais para que Portugal esteja a atravessar uma grave crise económico-financeira- social e política.
Sim porque isto acontece, porque não temos políticos à altura da grave situação Portuguesa, europeia e mundial. Mas, quando nos comparamos com os restantes 27 da União Europeia, reparamos que países que aderiram muito mais tarde que Portugal, apresentam índices de desenvolvimento humano melhores que os nossos.
Resta perguntar, por quê?
Será que eles são capazes da “dar a volta “ à situação e não nós?
Será que eles trabalham mais que nós?
Será que são mais produtivos que nós?
Mas, os Portugueses que residem nesses países, não são dos melhores trabalhadores? O que falta então?
Na minha perspectiva falta ambição dos políticos, falta a definição de um rumo de desenvolvimento sustentado para Portugal e basicamente, falta motivação aos trabalhadores.
Os outros Países da União, não esbanjam os parcos recursos financeiros na compra de submarinos (900 milhões), nem ajudam bancos privados falidos (mais de 10 milhões), ao mesmo tempo que “dificultam” o acesso aos centros de saúde e aos hospitais, aumentando as taxas moderadoras para mais do dobro; ou outros Países, garantem um sistema de segurança social para todos, aqui “empurram-nos” para sistemas de segurança social privado; para os outros a educação é essencial, aqui e depois dos últimos resultados que demonstram que 20% da população não sabe ler nem escrever, mas, promete-se acabar com um programa que permite àqueles portugueses que na devida altura, não quiseram ou puderam estudar, o possam fazer agora, melhorando as suas qualificações, diria para concluir que os outros cidadãos do espaço europeu não são melhores que nós têm é mais motivação e não têm governantes a convidá-los abandonarem o “seu” País.
Aproveito a presente crónica, para desejar a Todos Votos de um Feliz Natal 2011 e que 2012 seja o ano da realização de todos os vossos sonhos pessoais e profissionais.
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