domingo, 28 de fevereiro de 2010

Por vezes, não valorizamos o que nos está mais próximo…

Hoje, gostaria de concluir a minha análise, sobre o sector da Saúde, em Vila Nova de Gaia.

Assim e depois de ter abordado centros de saúde; unidades de saúde familiar, clínicas e serviços relacionados com a saúde, hoje, é a vez, de abordar o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Com a junção do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e do Hospital Nossa Senhora da Ajuda de Espinho, criou-se o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE, através do Decreto-Lei nº 50-A/2007, de 28 de Fevereiro. Actualmente, este tem instalações e serviços distribuídos no Município de Gaia e no de Espinho.

Em Gaia, localizam-se a Unidade 1 – antigos Sanatório D. Manuel II e Hospital Eduardo Santos Silva, no Monte da Virgem. Está aqui localizada a prestação de cuidados de saúde em regimes de internamento, ambulatório e meios complementares de diagnóstico além de outros serviços de apoio, bem como a grande maioria das valências médico-cirúrgicas e a Unidade 2, no antigo Hospital Comendador Manuel Moreira de Barros, dista cerca de cinco quilómetros da Unidade 1, localizando-se nesta o serviço de Ortopedia, Departamento Materno-Infantil, com as valências de Medicina de Reprodução; Obstetrícia/Ginecologia; Pediatria; Neonatologia e Cirurgia Pediátrica.

Em Espinho, localiza-se a Unidade 3 – antigo Hospital Nª Sª da Ajuda – a cerca de 15 Kms da Unidade 1. Com a fusão no CHVNG/E, passou a ter duas Unidades, respectivamente de Convalescença e a Unidade de Cirurgia Ambulatória, tendo também disponíveis, consultas externas de várias especialidades.

O CHVNG/E tem actualmente uma lotação de 558 camas, divididas por várias especialidades, sendo visitado diariamente por mais de 2.000 utentes. O CHVNG/E, possui um Serviço de Urgência Polivalente, que garante uma resposta altamente diferenciada às situações de emergência e recebe uma média diária de 500 utentes/dia. O CHVNG/E, serve, preferencialmente, a população da área de influência que lhe está atribuída pelas redes de referenciação hospitalar, cerca de 700.000 habitantes. Para todas as especialidades, assiste os Municípios de Gaia e de Espinho, com cerca de 330 mil habitantes. Para as especialidades de diferenciação intermédia, serve os Municípios de Entre Douro e Vouga, com mais 350 mil habitantes. Contudo, para as especialidades de elevada diferenciação, acolhe as populações de todos os Concelhos a Norte do Rio Vouga.

Hospital central da Região de Entre Douro e Vouga, tem todas as valências básicas, intermédias, diferenciadas e quase todas as altamente diferenciadas, algumas das quais consideradas como referência na Zona Norte. Actualmente, o CHVNG/E é um dos principais complexos assistenciais do Norte do País.

Permita-me que refira que desde o ano de 2006, com a criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, o sector da Saúde tem sofrido muitas e boas transformações essencialmente após a entrada em vigor do Decreto – Lei nº 101/2006, de 6 de Junho.

Com este diploma legal, o Governo, através de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o do Trabalho e Solidariedade Social, pretendeu dar resposta a um problema que, cada vez mais, afecta os Portugueses que tem a haver com o número crescente de cidadãos menos jovens. Os primeiros a sentir este problema, são as famílias, não só pelo aumento da esperança de vida, mas também por esse facto, implicar o aumento de doenças crónicas que debilitam e por vezes incapacitam esses cidadãos. Os cuidados de convalescença, recuperação e reintegração de doentes crónicos e pessoas em situação de dependência, constituem os Cuidados Continuados Integrados.

Por Cuidados Continuados Integrados, entende-se o conjunto de intervenções sequenciais integradas de saúde e de apoio social, decorrente da avaliação conjunta, visando a recuperação global da pessoa entendida como o processo terapêutico e de apoio social, activo e contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social. Estes serviços são preferencialmente, prestados na residência do doente. Quando tal não é possível, são prestados em locais especificamente equipados para o efeito, nomeadamente na Unidade-3 do CHVNG/E e em algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Caro Leitor, por vezes, não valorizamos o que nos está mais próximo…

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