domingo, 6 de junho de 2010

Como é possível, que em pleno Século XXI, existam autarcas que não queiram nas suas Freguesias a construção de Creches e de Centros de Dia com apoio domiciliário?

Verificando-se, em Portugal e na Europa, um rápido aumento do número de cidadãos com mais de 65 anos, por um lado, e por outro, face ao alucinante ritmo de vida, as famílias para fazerem face à dificuldades do dia-a-dia, têm que “defender” a sua carreira profissional, e não têm tempo ou condições habitacionais, para que os seus familiares com mais de 65 anos, permaneçam em casa, quando se encontram na situação de aposentados ou reformados.

Assim, e para dar uma resposta social enquadradora face às novas exigências, o Governo de Portugal, avançou com uma medida estrutural, que visa além de aumentar, de forma significativa, a construção de equipamentos sociais, e por essa via incrementar o peso do terceiro sector, nomeadamente com a construção de creches, de centros de dia com apoio domiciliário e de lares para os nossos concidadãos menos jovens, aumentar em milhares o número de empregos no sector social.

No Distrito do Porto, o número de candidaturas aprovadas, no âmbito do PARES II, foi de 16 projectos. Para fazer face ao elevado deficit de equipamentos sociais no município de Vila Nova de Gaia, o número, de candidaturas aprovadas, que englobam creches; centros de apoio domiciliários com ou sem o serviço de apoio domiciliário e de lares, foi de oito.

De referir, que nestas candidaturas, os proponentes, foram instituições particulares de solidariedade social, na sua maioria, com estatuto de utilidade pública. E na maioria, estas candidaturas, contaram com a parceria de juntas de freguesia e do município de Gaia.

No caso da Vila da Madalena, aconteceu que a Associação de Solidariedade Social da Madalena, apresentou a sua candidatura ao PARES II, tendo por objectivo, a construção de uma creche para 33 crianças dos 6 meses aos 3 anos e de um Centro de Dia, (para 45 menos jovens), com serviço de apoio domiciliário, (para 33 menos jovens), contando com a parceria da Junta de Freguesia, (que cedeu o terreno) e da câmara de Gaia, (que efectuou alguns projectos, da totalidade que se tinha comprometido a efectuar…).

Entretanto, realizaram-se eleições autárquicas, tendo os “novos” autarcas, em vez de apoiarem este equipamento social, para dessa forma melhorarem a qualidade de vida daqueles que na Vila da Madalena, habitam; resolveram, canalizar as suas “energias” (físicas e políticas), em contactos com diversas entidades, na tentativa da não aprovação de vários projectos e por essa via, inviabilizar a construção deste importante e necessário equipamento social, para a população da Vila da Madalena.

Será, que apesar dos Madalenenses, terem votado num projecto eleitoral, que referia textualmente “Apoiar a construção do Centro de Dia e da Creche da ASSM”, cujo apoio do Governo, é de 70%, que conta também com o apoio do município de Gaia, ainda existam autarcas (de freguesia), que sejam contrários à construção de uma creche e de um Centro de Dia com serviço de apoio domiciliário, para a “sua” população?

Será que os Madalenenses, que ajudaram a eleger estes “novos” autarcas, não se sentirão ENGANADOS e USADOS?

Até breve….



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